A convite do 2º Tabelião de Notas de São Paulo, Anderson Nogueira, o catador de materiais recicláveis Sérgio Bispo palestrou para os colaboradores do Cartório nesta quarta-feira (20). Ex-morador de rua e fundador da Kombosa Seletiva, Bispo falou sobre seu projeto de coleta seletiva de lixo e também compartilhou sua história de vida.
 
A palestra começou justamente pela infância de Bispo, pois ele passou a maior parte dela no Aterro da Canabrava, na Bahia. Juntamente com seus irmãos, ele acompanhava os pais na coleta de materiais recicláveis para vender. No aterro, Bispo aprendeu que, na verdade, não existe lixo, já que a maioria do que descartamos pode ser reaproveitado, exceto os resíduos.
 
Quando chegou em São Paulo, anos mais tarde, Bispo se aproximou de ativistas, artistas e outros carroceiros. Isso aliado à sua habilidade natural de comunicação, fez dele um porta-voz dos catadores e o levou a palestrar em eventos ambientais pelo país e também no exterior. 

Após esse período, ele se dedicou à criação da Kombosa Seletiva. A bordo de sua Kombi, ele passou a firmar parcerias com empresas, condomínios e eventos. Além da conscientização, a Kombosa oferece o serviço de retirada de materiais, recicláveis e orgânicos, para o descarte correto dos resíduos.
 
Ao fim da palestra, Bispo deu dicas sobre como descartar corretamente materiais no ambiente de trabalho, entre elas:
 

 
O 2º Tabelião de Notas de São Paulo, Anderson Nogueira, ressaltou a importância de ouvir o que tem a dizer uma pessoa como Bispo. “Tive conhecimento do Sérgio Bispo pela televisão e vi que valia a pena conhecê-lo, pois sua história de vida é muito bonita e inspiradora”, diz. Para Nogueira, a palestra de Bispo ajudará os colaboradores tanto pessoal como profissionalmente.
 
O tabelião afirmou, ainda, que esse é o primeiro passo para o início da coleta seletiva no Cartório. “Esse foi nosso pontapé inicial, a conscientização, pois reafirma nosso comprometimento com a questão ambiental. Nós geramos muitos resíduos que poderiam ser reutilizados e dá uma dor na consciência ver tudo isso ir para um lixão”.